Tunísia e Egito passam por involução paralela e similar. Aqui, alguns traços que se observam nos dois países:
1 – Uma “revolução” virtual
Chokri Belaïd
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Nos
dois países, tudo mudou, para que nada mudasse: os ditadores – que
jamais passaram de “ditados”, mais que “ditantes” – foram derrubados;
houve eleições democráticas ; “islamistas moderados” viram-se no
“poder”. Mas é bem claro que o poder real não está nas cadeiras que
ocupam. No Egito, o poder real continua nas mãos do Conselho Supremo
das Forças Armadas, que puxa todos os fios, sempre em contato direto
com padrinhos e protetores em Washington. Na Tunísia, a situação é bem
menos transparente, e a resposta à pergunta sobre quem “detém o poder
real” é muito mais difícil. Digamos, para começar, que o poder continua
com o cartel mafioso (negocistas, burocratas, policiais) do antigo
regime, alguns pilares do qual deixaram crescer uma barbicha. Ler mais
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